quarta-feira, 25 de abril de 2012

Aventura de índio

Eu e dois sobrinhos "da zona rural", da minha idade, onde eu passava as férias escolares, pescávamos em um lago, no campo pertencente a eles, longe de casa e, como estava ruim pra peixe, aliás pra nós, porque não dava peixe neste dia e depois de ficar de saco cheio daquela espera, lembramos que os cavalos estavam próximos dali pastando. Surgiu então a grande idéia de voltarmos à cavalo mas, não havia rédeas e nem demos bola pra esse detalhe já que conhecíamos bem os cavalos que lhes pertenciam. Foi prá já! Montamos cada um em um e eu que não fui bobo peguei o mais mansinho. Lá fomos nós, tipo índio em pelo, de princípio devagar, eu na frente no meu cavalo de nome "Vermelhinho", bonito e os dois em fila atrás de mim em seus cavalos mais xucros. De repente o meu cavalo começou a trotear em direção a casa que era a dois quilômetros de distância e os cavalos atrás correndo mais, e todos indo mais rápido e cada vez mais veloz, galopando em carreira um com o outro em alta velocidade, foi quando sentimos o perigo e "Paulinho" gritando para mim, -Tio, te atira antes que tu caia! e eu olhando pra trás percebi o Betinho, sentado na estrada rindo em gargalhadas, (já tinha se atirado), fiquei com medo mas resistí. Chegamos próximo a cerca eu e Paulinho a "mil por hora" agarrado nas crinas dos nossos "queridos cavalos". Só na hora da parada que pensei não ia dar tempo de frenagem dos bixos, porque estavam em cima da cerca de arame farpado que demarcava o final do potreiro, mas os cavalos inteligentes frearam bruscamente, fazendo que eu "voasse" de cima de seu lombo no outro lado da cerca,  ainda bem que não nos quebramos, só uma pequena dorzinha. É... acabou assim a aventura de faroeste que víamos no cinema. O "Betinho" chegou meia hora depois quase se finando de tanto rir.
Assim aconteceu mais uma aventura de criança. As outras ficam pra depois!

Bom e mau

Tem gente que nasce pra ser bom na vida. Faz tudo certinho, tudo bonitinho e ajuda sempre que necessário as outras pessoas e todos os seres vivos da natureza. Tem outros que nascem para ser maus, para destruir, para acabar com tudo que não lhe agrade, como se fossem donos exclusivos de tudo e de todos. Tem gente que se diz bom mas, tem um sentimento de raiva, de ódio guardado no seu coração e que dissimuladamente faz o mal para os outros e passa a vida não conseguindo ser bom na sua totalidade. Tem um ditado popular que diz "você colhe o que você plantou", e é isso exatamente o que tem acontecido com todos, é só olhar e ver. O mal que você causa aos outros, muitas vezes imperceptível até mesmo pra você e que se traduz até numa falta de atenção, causando um prejuizo enorme a terceiros e a você mesmo, você só vai se tocar quando uma força estranha lhe abrir os olhos e que na maioria das vezes já será tarde. Vemos todo dia na televisão um mundo de maldade grandes e pequenas. Pequenas maldades perante a lei mas, que na verdade são grandes perante Deus que mesmo perdoando tudo deixa sequelas, pois de uma forma ou de outra prejudica-nos ou virá prejudicar.Ser mau é causar o mal direta ou indiretamente ao semelhante, a sociedade como um todo ou a todo o sistema em que vivemos. Em todo o mundo onde existem vizinhos, podemos notar um prejudicando o outro de alguma forma. Sabemos que a minha liberdade termina onde começa a sua. Um pequeno ato ou falta de atenção ou falta de consciência pode as vezes até tirar a vida de uma pessoa. Um mal que muitos causam até para sí mesmo é colaborar para que hajam epidemias que  podem ser fatal a quem fez e aos outros que não tem nada a ver com isso. Muitos não acreditam nisso e fazem propositalmente. O desmatamento geral, ou na Amazônia que cresce todo dia, é um grande mal a humanidade pois, ninguém é dono da natureza. A caça e pesca indiscriminada, causará também seus efeitos negativos, pode talvez nem ser para nós mas, para nossos decententes que ainda estarão por vir. E não falando em agressões e assassinatos por causa de uns míseros trocados ou por maldade mesmo, como tem ocorrido cada vez mais, neste mundo conturbado, onde ninguém mais entende ninguém e a lei é falha punindo os inocentes e liberando os ricos e maldosos.  É... tem muita gente causando prejuizos a outros neste mundo. Se olharmos para o lado veremos alguém maltratando alguém. Mesmo você que se diz bom talvez já tenha cometido algum mal a você mesmo, a terceiros ou também a algum animal. Olhe para dentro, reflita, veja ao redor, tudo foi criado por Deus para que compartilhemos com otimismo e bondade. Façamos isto e notaremos nosso progresso, e sendo felizes faremos felizes todos os que nos cercam. Pensem e pratiquem bondade. Tudo vai clarear!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Filha...

Filha, desculpa-me se eu fui rude,  na minha ânsia de tentar te passar coisas boas fui mau. Tu és a pessoa mais importante na minha existência, continuação do meu ser. Gostaria de ter sido "concordino" mas, não consegui porque talvez tenha sido criado desta maneira, e tudo que a gente aprende passa para os filhos, mesmo que não queira pois, fica gravado no inconsciente. Se fui rude em alguns momentos, foi por que em minha existência foram rude comigo. Mas o quê mais importa, é que tu te tornou uma menina doce, decente, estudiosa e com muitas qualidades que são difíceis de encontrar em outras meninas da tua idade. Lembro teu primeiro dia de aula, como foi dolorido pra mim, ter de deixá-la na escolinha. Lembro do teu crescimento, baixinha, agarradinha na perna de minha calça de brim sempre ao meu lado se equilibrando pra não cair. Lembro da tua primeira palavra, papá, balbuciando com ansiedade e eu feliz pensando que era papai, contei a tua mãe, que me exclareceu ser papá referente a comida, pois na hora do rango fazias a maior festa. Lembro quando tu desceu a escada do Ap sozinha e sorridente veio ao meu encontro lá em baixo. Também quando gritou "socolo" lá em cima no quarto agarrada de cabeça pra baixo no berçinho e eu corri pra te salvar. Quando tu começou a tirar o prêmio de "Aluno nota 10" instituido pela prefeitura da cidade para toda a rede de ensino, me deixando orgulhoso e feliz, e assim todos os anos consecutivos aconteceu, já não era mais novidade. Lembro da menininha "Coronel Cintra" que as vezes me assustava parecendo ser o "boneco assassino". Lembro do teu crescimento e de estar se transformando em uma bonita menina, causando elogios de muitas pessoas. Lembro de quando fizestes o vestibular em Porto e a minha felicidade de te ver feliz e da "festa" que fizemos quando fostes para a faculdade. Lembro de tantas coisa boas que as ruins não aparecem nos meus pensamentos. Gostaria de carregar comigo para sempre a lembrança desta existência, e contar para todos onde eu estiver na eternidade, que eu sim tenho uma filha linda, inteligente e muitos outros bons adjetivos que aqui seria impossível descrever. Me perdoa se errei contigo algumas vezes. Te amo muito!

Meninos de outrora

Um dia um menino, em um vilarejo, muito puro, sem saber das agruras da vida, com seus coleguinhas da mesma idade inventavam brincadeiras sadias que chamavam a atenção dos adultos, algumas das quais descrevo a seguir. Ah, este menino era o "chefe da turma".
Na sua casa reunia os amiguinhos para brincar de construção civil, sem saber que eram "engenheiros". Corria por entre o terreno um riachinho, formado por uma vertente natural límpida (pequena, 2 litros p/m), mas que parecia ser um grande rio. Os baixinhos faziam represas, construiam pontes, construiam carrinhos, máquinas e tratores para os trabalhos de escavação e cargas e até casas ao redor das praias criadas por eles o dia todo, pois não havia nada pra se preocuparem já que não estudavam ainda, não tinham idade para isso. O que me chamava mais a atenção era a "engenharia" de construção civil. As casinhas de mais ou menos 20cm de largura, eram de fato muito bem elaboradas. Os tijolos eram feitos em barro de ótima qualidade extraídos próximo ao local, onde carregados por "caminhões" até a represa que formava uma praia linda, com árvores plantadas por eles exclusivamente no local, fabricavam seus tijolinhos de excelente qualidade, bem retangulares em forminhas exatas, os quais deixavam ao sol para secar. Após faziam a extrutura, os vigamentos corridos em barro maciço. Começavam então a construção das paredes e suas divisórias, quarto, sala, cozinha, banheiro e se bobear tinha até dependência de empregada (ha ha ha). Fiquei alí por muito tempo vendo o decorrer da obra. As janelas eram feitas com marco de "gavetinha da caixinha de fósforos", que ficavam perfeitas, abrindo como se fossem de verdade. Ah, o telhado, faziam umas lâminas finas de barro com a estrutura em galhinhos de árvores para o apoio das mesmas. Nesta represa também circulavam barcos bem bonitinhos. A brincadeira era realmente de prender qualquer adulto que por alí se aproximasse. As mães destes pequenos colaboravam quando necessário com algum material que faltasse, fósforos, linhas, cordões e tudo mais que seus moleques precisassem. Também providenciavam um "lanchinho" para a hora do descanso. Tudo transcorria normalmente e aqueles meninos viajavam no que faziam.
Hoje admiro a simplicidade de meninos pobres daquele tempo, que criavam seus próprios brinquedos, pois não existia computador e outras tecnologias de agora. Acompanhei o crescimento dessa turma e contarei o restante no decorrer dos dias...
...Um destes meninos era eu...

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Mundo Vendido

Pra onde olharmos encontraremos uma venda. Tudo neste mundo foi um dia vendido por alguém para alguém. Até mesmo os produtos criados por Deus a gente se apodera e vende. É assim o mundo capitalista onde pessoas, autoridades, religiosos e todos os outros não citados aqui, se vendem, se corrompem. As vezes deixam o mundo boquiaberto com suas atitudes. Profissionais dentro de corporações passando para o outro lado, se tornando espiões por causa de um dinheiro maldito que compra tudo, mas não compra a verdadeira felicidade. Você pode ser rica de materiais mas, também um vazio poderá lhe acompanhar. O mundo capitalista tem disso, você esnoba, zomba, manda mas, cuidado um dia poderá ser o contrário!