sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

"Gurisada Medonha"

Há muitos anos, quando ainda éramos guris, sem preocupação alguma, a não ser ir pra escola, ir na "venda" da esquina buscar alguma coisa que a mãe pedia, ou "brincar", assim eram os dias dessa turminha de cidade pequena do interior do Sul do Brasil.
Para as brincadeiras não se tornarem repetitivas, bolávamos alguma coisa diferente, e assim ocorreu.
Um coleguinha foi na sua casa e buscou uma linha de nylon "bem fininha, e amarramos sua ponta em uma nota de 2 cruzeiros "laranjinha" de antigamente mas, que valia legal, dava pra comprar um monte de coisas e sobrava troco, esticamos a linha com o dinheiro para próximo do meio fio (meio fio imaginário), que não havia e sim era terra batida sem "calçada para pedestre), tapamos a linha com areia do mesmo local e ficamos aguardando atrás de uma cerca viva (pingo de ouro), que delimitava nosso pátio, só pra ver quem tentaria pegar a nota de 2 cruzeiros. Ficamos perplexos quando ao longe vinha uma senhora de idade avançada que por sinal conhecíamos, quando a mesma se aproximou demos uma puxadinha na linha para parecer que foi o vento deslocando a nota, isto chamou sua atenção que rapidamente se abaixou pra pegá-la, e nós puxávamos mais um pouquinho, de novo mais um pouquinho, e ela pensando ser o vento, veio atrás da nota tentando pegá-la, e assim sucessivamente veio só parando em cima de nós atrás da cerca viva, e não aguentando mais caímos na gargalhada, deixando a "vovó" irritada que nos xingou de tudo e foi embora.
Uma brincadeirinha, ou pegadinha que fazíamos nos idos tempos de outrora, quando do início da televisão, que só alguns mais abastados possuíam.
Não foi muito legal esta brincadeira com esta senhora mais velha mas, com outros mais jovens nós tirávamos o maior sarro, depois cansávamos e inventávamos outras pegadinhas.
Uma que foi de machucar o corpo e também nossa consciência foi esta:
Havia um garoto de nossa escola que era o "Zé Bonitinho", queria só andar com as meninas, aparecer pra elas, enfim fazer sucesso e nós decidimos pegá-lo já que ele na saída vinha chutando tudo que aparecia pelo caminho e bolamos então...deixamos uma caixa de papelão com um paralelepípedo dentro na ladeira na saída da escola, não deu outra, o garoto quando ao lado das colegas avistou a caixa, saiu em disparada gritando, olha o gol...olha o gol, e chutou a mesma com tanta força e de bico, que o final podem imaginar o que deu. Lá passava ele com o pé enfaixado, mancando, todos os dias quietinho, sem algazarra e nem chutes.
Nós não queríamos machucar ninguém, porque não éramos maus, mas aconteceu, não medíamos as consequências, jamais imaginamos que o chute seria tão forte a este ponto.
Não sugerimos a ninguém fazer isso, e nunca mais fizemos pois, nossa consciência doeu pra mais de semana e "o cara", nosso amigo, nunca ficou sabendo quem foi o bandido que fez aquilo, e aliás, as meninas ficaram com pena dele e aí sim que ele "ganhava todas" na saída da escola.
Um abraço!

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Nos tempos do "Faroeste"

É gente, parece que voltamos nos tempos. Aqui na minha cidade pacata do interior (era pacata), houve um assalto recentemente de cinema, dos tempos do faroeste. A cidade tem 3 agências bancárias e ao mesmo tempo foram atacadas por assaltantes forasteiros que com armas de grosso calibre e dinamites explodiram as agências e atiravam em carros passantes na madrugada de sexta para sábado.
Tudo começou quando um amigo cantor de bar que por sinal (canta muito bem!), estava no final de seu show num bar próximo ao Banco do Brasil, quando de repente adentrou a casa alguns sujeitos encapuzados e portando fuzil, lhes obrigaram a sair como reféns, ao mesmo tempo (este amigo me falou), apavorados sem saber nada, pensaram que era um grupo de extermínio e que era o fim mas, na rua o encapuzado lhes falou...-podem ficar calmos que nós só vamos explodir o BB e se a polícia vier nós vamos "meter bala", os reféns ficaram apavorados, é agora pensaram. Graças a Deus o contingente militar era pequeno e não vieram naquele momento. Após vários estrondos e tiros em quem passava, foram todos pra outra agência próxima dali a CEF que tem um sistema anti-roubo muito legal, estouraram a porta mas, não adentraram porque a fumaça preta inundou o ambiente e eles então, junto com os reféns que assistiam a tudo seguiram para o outro banco, bem próximo, o Banrisul, os quais antes perguntaram onde é a BM, um refém disse apontando, alí, e eles meteram bala no prédio, onde com apenas 1 policial, recebendo balas de fuzil, faria o que?...nisso ouvia-se na cidade toda as explosões e logo após um saiu dizendo, -deu tudo certo, vamos embora, e saíram em 3 carros, 2 pegaram a BR 290 e outro seguiu via estrada municipal para o interior, claro que ninguém os perseguiram, até mesmo por conta do arsenal e da proposta de matar ou morrer que estes indivíduos praticam nestas ocasiões.
Ah, os reféns foram liberados sem serem machucados, apenas 2 ou 3 pessoas que passavam de carro no momento foram alvejados e mesmo assim sem risco de morte. Ufa! ainda bem que acabou bem...quer dizer não muito bem porque os bancos estão fechados há uma semana, a CEF da fumaça sem muitos prejuizos, o BB das notas com tinta, também sem muitos prejuizos mas, o Banrisul, levaram a grana, quebraram/explodiram tudo que até o prédio está com a estrutura afetada. Vejam só o sufoco que os reféns passaram. Dizia este meu amigo, que eles até rezaram em grupo pedindo por proteção divina.
É...só Deus mesmo pra salvar todo mundo nesta hora. Isto me faz lembrar dos tempos do faroeste, que nas cidades sem lei, os bandidos atacavam os bancos e pegavam como reféns os frequentadores dos "saloons" e saíam da cidade em seus cavalos e logo alí atacavam também as diligências e os trens que transportavam valores fenomenais. Acho que estamos voltando para o tempo do "Far West" só que nesta época moderna com armas, daqui a pouco digitais. Um abraço e muita calma!

E o salário, ohh!!!

É uma "grande" pouca vergonha o que o governo está fazendo com o povo pobre, humilde do Brasil. Um aumentinho destes no salário da maioria dos aposentados brasileiros é pra matar qualquer um...(17 reais), não dá nem pra comprar um paletó, aliás os deputados ganham, como disse o Sérgio Reis, deputado federal, que está com vergonha de ser deputado; ganham 55 mil só de auxílio paletó, 25 mil de auxílio moradia, 28 de salário, 93 de auxílio gabinete, e assim vai...auxílio médico, cartão, auxílio viagens...é demais pra cabecinha dos pobres deste país.
Tá na hora de alguém fazer algo pelo povo, pelo país. O pessoal queria um "fora Dilma"...taí. Tá bom ou querem mais. Tá bom sim pra esta minoria de 5% que é dona de 95% do território e os 95% que se explodam. Olha gente, assim não dá mais pra continuar, a bandidagem tomou conta em todas as esferas, lá em Brasília e aqui nas ruas das cidades, não só das grandes mas, também das pequenas onde estão indo se refugiar os marginaisinhos de
menor periculosidade que os do Planalto e que mesmo assim aterrorizam a população do interior, com assaltos e assassinatos e os deputados não reformulam a lei que é branda demais, principalmente para assassinatos, que deveria ser prisão perpétua. Me disse um deputado que "lá" ninguém tem interesse em mudar lei alguma e sim interesse em se proteger, se unirem uns com os outros para ficarem mais fortes e o povo que se "lasque".
Olha gente, a eleição está chegando e tenho certeza que vários destes bandidos estarão sendo eleitos novamente porque o povo esquece, ou parece que esquece, por isso é que a mudança tem que ser radical, assim não dá mais, quase quebraram o país e não dá nada, se dá dá muito pouco...7 anos de cadeia, e sai num quinto, ou um sexto porque é primário...ou seja um ano e pouco e já estarão na rua, ou vocês duvidam, só vendo prá crer ou só rindo prá não chorar!
Vamos ver se um dia as coisas vão mudar. Aguardemos!!!