domingo, 24 de abril de 2011

O Poder

Desde cedo sempre trabalhei com pessoas. Nesta minha existência, eu vi de tudo. Vi gente humilde crescer, se dar bem na vida e continuar humilde. Vi gente que nasceu em berço de ouro, herdou o império de sua família e continuou simples, continuou modesto. Também vi uns idiotas, que eram humildes, falavam e cumprimentavam todos, desde os mais pobres e que depois de ganharem "um carguinho" ficaram impossíveis de se conviver.

Tem gente que não se toca. Como diz o ditado popular, se você quer conhecer realmente uma pessoa, "dê um cargo a ele", aí você vai saber quem realmente ele é. Um idiota!

Não consigo entender como esses "bacaninhas" se transformam da noite para o dia. Tem alguns vereadores que também ficaram assim. Eram humildes antes de se elegerem, antes de concorrerem e depois que conseguiram chegar lá, mudaram totalmente sua postura. Não são mais os mesmos. Talvez estejam embriagados pelo poder com o cargo de fiscal do executivo, concedidos a eles pelo povo pobre das periferias iludidos.

Assim acontece em todas as camadas sociais. A maioria (não todos) se tornam irreconhecíveis depois de ganharem o poder. Até mesmo nas empresas onde trabalham, quando viram chefe. Ficam arrogantes, metidos a autoridade máxima. O que eu mais gosto de ver, e já ví várias vezes, é "o tombo" destas criaturas, dos seus pedestais, quando são demitidos ou quando não se reelegem pois, não poderão continuar arrogantes.

É gente! A vida é muito rápida para ficarmos pensando que não dependemos de ninguém. Até mesmo quem tem muito dinheiro, dependerá do próximo sempre. Não devemos deixar o sucesso subir pra cabeça. Sejamos simples, humildes e bons para os semelhantes (e até para com os animais) que estaremos em paz nesta vida e seremos recompensados por Deus. Não deixemos nossos cargos subir à cabeça, só assim seremos reconhecidos não pelo nosso cargo e sim pelo que somos.

Peripécias da Mente

Se você conseguir ler as primeiras palavras do texto abaixo decifrará as outras. Experimente:

      3M D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, OB53RV4NDO DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314.
       3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3N5 1N73RN45. QU4ND0 3574V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4, 4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NÇ45 C41R14M N0 CH0R0. 40 C0N7R4R10, C0RR3R4M P3L4 PR414 FUG1ND0 D4 4GU4, R1ND0 D3 M40S D4D45 3 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0.
      C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 LIC40; G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C015A 3 M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 73MP0 P4R4 C0N57RU1R. M45 QU4ND0 1550 AC0NT3C3R S0M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 5EGUR4R 5ER4 C4P42 D3 5ORR1R. 50 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 0 C4R1NH0... 0 R3570 3 F3170 D3 4R314!



sábado, 23 de abril de 2011

Indivíduos e Criaturas

De repente me senti só, no meio do nada. Lembrei da minha infância, meus irmãozinhos, uma vaga lembrança de minha mãe me veio a mente, me dava seu leite materno com muito amor, cresci feliz, corria muito, brincava muito, eu e meu irmão menor saíamos, andávamos pelo campo caçando  animaizinhos mas, nunca pegávamos nada, acho que não éramos malvados, só queríamos nos divertir.

Olhei para os lados, muito verde, mata fechada, pensei em atravessar mas, era grande o tráfego de veículos, perigoso, sabia que era perigoso pois na minha casa meu pai possuía um e eu sempre saía de trás. A fome começava a apertar. 

Caminho com lentidão pois não tenho mais a energia de outrora. Paro e penso, onde estarão meus irmãos que há tempo não os via, mesmo na casa de meus pais. Acho que haviam ido morar em outra cidade.

Estou caminhando há dias pelo mesmo caminho, mas não rende, paro muito, descanso muito, acho que é a idade. É noite. Chove bastante e eu não acho lugar para me abrigar e mesmo assim entro em um mato, talvez as árvores me protejam desta chuva muito forte. Encontro uma ávore grossa onde tem um buraco mas, já existe alguém nele, mesmo assim me encosto no seu caule e me abrigo, não por inteiro. Depois de um tempo a chuva passa, estou todo molhado. Sinto saudade de meu pai, da minha casa modesta e seca em que morei muitos anos.

Cuidava da casa. Os ladrões nunca chegaram. Quando eu via qualquer coisa estranha, avisava meus pais. Começo a refletir por quê estou aqui. Estou aqui porque meu pai me convidou pra sair, me botou no carro e eu feliz como sempre fazia há muitos anos, começamos a andar por uma rodovia, quando inesperadamente paramos, ele desceu e me chamou, descí correndo, meu rabo era um ventilador de tão contente que fiquei. De repente ele retornou ao seu carro, entrou e eu fiquei olhando.

Pensei que ele estava brincando e já voltaria mas, já faz vários dias e nada, acho que algo aconteceu a ele porque sempre fomos grandes amigos e agora que estou velho ele não me deixaria só, abandonado, com frio e fome, tenho certeza disso. Continuarei lhe esperando sempre.

Lembro que depois de vários dias caminhando avistei um posto de gasolina onde havia um restaurante, só que no lado oposto da rodovia. Não resisti, já que lá com certeza me dariam uma comidinha, pois não aguentava mais, minhas pernas doiam, meu estômago estava nas costas e meu cérebro com dor estava em outro lugar.

Tentei atravessar a estrada e ouvi um estrondo. Não sei o que houve mas estou aqui neste paraíso, onde não sinto fome, nem frio, mas uma coisa eu continuo sentindo, é a grande saudade de meu dono.

Que Deus o ajude e o proteja para sempre!