sábado, 26 de março de 2011

Do Pólo Sul, ao Norte

Estava eu na casa de um amigo, quando de repente do nada se armou uma briga enorme com sua esposa. Briga não, discussão, gritos, palavrões, quebra-quebra (objetos), tudo pela má interpretação de texto de sua esposa que é bipolar.


Esta palavra hoje está na moda. Para um sujeito ser bipolar, é só ir de um pólo ao outro em poucos segundos. Explodir por nada, por motivos fúteis, banais, sem importância no contexto que nada diferirá no conteúdo. Este tipo de pessoa, se agarra neste pequeno porém para fazer uma tempestade sem precedentes, ininteligível, indescritível, fazendo daqueles momentos que poderiam ser ótimos e ficarem gravados para a eternidade em nossas vidas como momentos doces e bons, em péssimos momentos na nossa existência. Quer queira, quer não, são momentos doentes, momentos vividos massacrados, com palavras grosseiras que não dizem nada com nada e não levam a nada, a não ser ficarem no nosso gravador biológico para sempre.

O bipolar, na minha santa ignorância, tem um problema físico e não só psicossocial. Acredito eu, que trava algum sistema no cérebro que o faz ficar de difícil compreensão, pois não entende que os minutos desta vida são tão preciosos que não devem ser desperdiçados com mau-humor. Vejam só, se ficarmos meia hora a cada dia de mau-humor, no fim do ano contabilizaremos 183 horas que seriam mais de meio mês não vividos e que poderiam ser revertidos em uns belos doces dias de alegria e prazer em algum recanto natural deste lindo mundo criado por Deus, só para nós.

Percebam só que estes cálculos que fiz (mais ou menos, pois não sou matemático, nem psicólogo) nos dão conta que é muito tempo para passarmos emburrados, tristes, depressivos, sentindo pena de nós ou de mal com a vida. Isto de fato é o mal do século e muitas pessoas estão bipolares, ou ficarão. Estas criaturas, em que talvez até eu me inclua (porque não tenho mais saco de dizer amém a tudo!) precisam de tratamento médico e não de remédios para ficarem abobalhados como muito tem acontecido neste nosso país de “grandes psiquiatras”. É gente! É difícil de compreender um bipolar, pois são criaturas adoráveis, ágeis, inteligentes que de repente ficam maníacos, depressivos, agressivos, apáticos, neuróticos momentâneos, ininteligíveis, trancafiados, escondidos, invisíveis e mais um monte de coisas indescritíveis.

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